Fonte: A Crítica, Manaus - AM - 18/12/2002
Por: Vera Lúcia Pinto

O Centro de Biotecnologia da Amozônia (CBA), um projeto com custo total de R$ 60 milhões que visa o desenvolvimento de tecnologias para negócios na área de biodiversidade, foi oficialmente inaugurado ontem com as pompas da ocasião, mas só deve estará funcionando a pleno vapor provavelmente no final do próximo ano. Os investimentos de R$ 18 milhões realizados até o momento foram destinados para a conclusão das obras do prédio onde funcionará o CBA e a formação da equipe de pesquisadores que atuarão na instituição.

A expectativa é que no segundo trimestre de 2003 estejam concluídos oito laboratórios de suporte às empresas incubadoras nos diversos setores da biotecnologia. O complexo do CBA prevê a construção de 26 laboratórios de pesquisa.

Dos R$ 18 milhões já aplicados, R$ 14 milhões foram repassados pelo Governo Federal por intermédio da Superintendência da Zona Franca de Manaus, órgão gestor do projeto, para serem aplicados nas obras civis do CBA. Os R$ 4 milhões restantes foram destinados à geração de capital intelectual com a formação de mestre e doutores pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que ficarão responsáveis pela produção das pesquisas.

Para o próximo ano, já foram definidos no Orçamento da Suframa mais R$ 17,6 milhões para a conclusão da primeira etapa do CBA destinados à aquisição de equipamentos e contratação de técnicos. A Suframa espera contar com a participação da iniciativa privada para a manutenção do projeto.

"O CBA não é um projeto de resultados imediatos, mas estes virão e confirmarão as expectativas de desenvolvimento no setor da biodiversidade", disse o superintendente da ZFM, Ozias Monteiro, durante a solenidade de inauguração do centro de pesquisa.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Benjamin Sicsu, adiantou que uma empresa do setor de fármacos já se dispôs a investir R$ 4,5 milhões a título de contribuição para pesquisas no CBA na área em que atua. "O mais importante de tudo é que esse projeto é garante efetivamente a geração de emprego e renda em toda a região", observou. Um exemplo, citou o secretário, é a atuação da rede de coletores de ervas, sementes, essências e outros insumos que serão utilizados pelas empresas da bioindústria, distribuídos nos recantos mais distantes da região.

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